Depois de tramitar desde que o prefeito Antonio Carlos tomou posse, em 1º de janeiro de 2009, de dezenas de reuniões e quatro audiências públicas concorridas, o projeto que institui o plano diretor de Caraguatatuba finalmente foi encaminhado à Câmara Municipal para análise e aprovação.
O projeto foi lido na sessão ordinária da última terça-feira, 20 de setembro. É um calhamaço. Ali estão reunidas todas as sugestões angariadas durante as audiências públicas realizadas pela prefeitura municipal e que movimentou a cidade em torno do assunto.
Terminada a fase executiva, inicia-se agora uma segunda, a legislativa. Novas audiências públicas serão realizadas, no mínimo duas, com a participação aberta a todos os interessados e à população em geral.
Novamente as pessoas poderão avaliar o trabalho desenvolvido pelos técnicos da prefeitura e apresentar novas sugestões, tudo para que o projeto que norteará o desenvolvimento de Caraguatatuba pelas próximas décadas seja o mais acertado possível.
A base de gás instalada pela Petrobras na cidade e o inevitável crescimento populacional são dados que não podem ser descartados. Caraguatatuba não pode repetir o que aconteceu com a cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro, onde duas cidades passaram a existir depois que a Petrobras nela se instalou: a dos ricos, muito ricos, e a dos miseráveis.
Por isso, discutir o plano diretor da cidade da forma mais desapaixonada possível é um dever e uma responsabilidade que se impõem agora aos seus vereadores. Todos esperam que se iluminem na hora de apresentarem suas sugestões, emendas, correções, seja o que for, principalmente na hora de darem o seu voto.
A cidade tem pressa em se desenvolver econômica e socialmente falando. A sua população precisa disso para viver mais condignamente.
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